Muitos Amigos e Companheiros têm reclamado que gostariam de conhecer minhas opiniões sobre os assuntos do dia-a-dia, sobre as matérias dos noticiários, etc. Sempre ignorei tais instâncias porque, em primeiro lugar, pouca importância dou ao que a imprensa burguesa veicula, e, segundo, não entendo a relevância da opinião pessoal de um indivíduo que nunca se notabilizou em coisa alguma e que é o famoso “ilustre desconhecido”. Mas, de uns tempos a esta parte, as solicitações estão se tornando mais constantes e algumas até raiando a impertinência, então, resolvi atender ao pedido. Todavia, posso adiantar que, para a decepção geral, minhas opiniões, via de regra, discordam da opinião dominante, são politicamente ultra incorretas e chocarão certamente a sensibilidade burguesa.

terça-feira, 24 de outubro de 2023

Difamação, calúnia e racismo.

 

Difamação, calúnia e racismo.

Sérgio de Vasconcellos

Os pouquíssimos Leitores deste Blogue concordarão comigo que ele se notabiliza pela sua falta de atualização e pelo enfoque inusitado dado aos Artigos aqui publicados.

Ora, neste momento em que o Mundo dilacera-se em Guerras (Ucrânia, Armênia, na Terra Santa, em diversos Países Africanos, etc.), não fugirei a minha abordagem inusual e vou escrever sobre um tema já caído no esquecimento.

Há meses, creio que no início de Agosto deste ano, o Prof. André Lajst, conhecido difusor em nosso País do que se passa no Oriente Médio, ao ir fazer uma Palestra sobre “Empreendedorismo em Israel”, foi agredido física e verbalmente por “estudantes” na Universidade Federal do Amazonas. O caráter racista, isto é, antissemita foi mais do que evidente.

Quando tomei conhecimento desse atentado à liberdade de expressão, não pude deixar de recordar um outro ataque semelhante, levado a cabo por uma vintena de “estudantes”, ocorrido em Novembro de 2017, contra o renomado Prof. Victor Emanuel Vilela Barbuy, que iria proferir a Conferência “Municípios e Municipalismo no Brasil”, na USP.

Na ocasião em que o Prof. Lajst foi agredido, eu tracei imediatamente um paralelo com a violência sofrida pelo Prof. Victor Emanuel, mas, não escrevi nada a respeito à época, o que passo a fazer agora.

Ambos os intelectuais foram acusados por seus agressores de “fascistas” e até de “nazistas”, o que nenhum dos dois é. O Prof. Lajst é Cientista Político, o Prof. Victor Emanuel é Jurista e Filósofo. Ideologicamente, o Prof. Lajst me parece ser socialdemocrata. Já o Prof. Victor Emanuel Vilela Barbuy é um dos principais líderes do Integralismo Brasileiro e o maior Pensador Tradicionalista contemporâneo. Como veem, queridos leitores, as acusações, além de infamantes, são inteiramente falsas. Ambos os eruditos estão anos-luz do fascismo e do n.-socialismo.

O episódio envolvendo o Prof. Lajst tem um agravante que é o racismo antissemita, enquanto, o Prof. Victor Emanuel foi hostilizado apenas no viés ideológico.

Mas, o resultado do ataque dos “estudantes” comunistas - ainda guardando alguma analogia - diferenciou-se muito:

- Ambos foram brutalmente agredidos, porém, enquanto a UFAM providenciou escolta policial para resguardar a integridade física do Prof. André Lajst, em momento algum a USP tomou igual iniciativa, e nem mesmo a Segurança do Campus apareceu para por fim ao tumulto.

- Enquanto o Prof. Lajst, devidamente protegido pela Polícia retornou para finalizar sua Palestra, o Prof. Victor foi de fato expulso da USP, apenas escudado por umas poucas pessoas, que foram assistir a Conferência e ficaram chocadas e revoltadas com a forma pela qual foi tratado tão ilustre Mestre.

- O Prof. Lajst teve a Palestra que ia realizar no dia seguinte, em outra Universidade, suspensa, pois não seria possível garantir sua segurança. O Prof. Victor, como já disse acima, não pode realizar sua Conferência e nunca mais foi convidado para participar daquele Ciclo Conferências, na qual comparecia pelo quarto ano consecutivo.

Tanto em Manaus, quanto em São Paulo, cidadãos em pleno uso e gozo de seus direitos, por não concordarem com o tratamento sofrido pelos dois grandes representantes da Cultura Brasileira, ao verbalizarem que julgavam aquilo um absurdo, também foram física e moralmente agredidos, com direito a humilhação e narizes e pernas quebradas.

Não sei o que resultou legalmente do ataque sofrido em Manaus, mas, no de São Paulo, o Prof. Victor dirigiu-se a uma Delegacia, onde reportou o ocorrido, mas, daí – que saibamos – nenhuma consequência recaiu sobre os criminosos. Se conhecemos bem o Brasil, em Manaus, coisa alguma foi além da presença policial, salvo se o Prof. Lajst tiver tomado providências legais por conta própria.

Se a calúnia e a difamação de que padeceram os Professores são crimes sérios, o caso do Prof. Lajst, como disse num parágrafo acima, revestiu-se de um agravante lamentável, o racismo. No Brasil temos uma Legislação contra a Discriminação Racial, que seria até um crime inafiançável. Porém, o fato é que as Leis nesse sentido são quase letra morta.

Não sou Jurista, evidentemente, mas, mesmo sendo um imperito em assuntos legais, parece-me que a Legislação contra o racismo deveria ser mais rigorosa. Entendo que o crime de racismo atenta contra a própria Unidade Nacional, jogando Brasileiros uns contra os outros. É um Crime Político dos mais odiosos, que atenta contra o Estado de Direito, e não poderia ficar impune por conta de uma legislação fraca. A Nação cria o Estado e o organiza pela Ordem Jurídica. Ora, não é possível que justamente nesta questão fundamental, o racismo, uma legislação lassa permita uma corrosão da Vida Nacional.

Admitir hoje, a bárbara agressão física de uns Brasileiros por outros Brasileiros é omissão inaceitável. Igualmente, invectivas escritas ou faladas, injuriosas ou mesmo educadas, contra qualquer raça ou etnia, das muitas que compõem o nosso Povo, são intoleráveis. Permanecermos nesta complacência, sem que os Legisladores tomem providências enérgicas, que permitam as Autoridades coibir definitivamente qualquer forma de manifestação racista, é criar um estado de espírito que poderá vir instalar futuramente trágicas lutas raciais, que já testemunhamos no passado e no presente de diversos Povos, e que devemos a todo custo evitar no Brasil, pois, caso contrário, a Unidade Nacional se esfrangalhará e o Brasil como o conhecemos deixará de existir.

Ficam aí estas minhas despretensiosas observações.

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