No dia 11 de Abril de 2013, com toda
a pompa e circunstância do “politicamente correto” foi reinaugurado e
“rebatizado” o Túnel Acústico, que é parte da ligação entre a Gávea e São Conrado,
bairros chiques do Rio de Janeiro. O túnel agora se chama “Túnel Acústico
Rafael Guimarães”.
Quem é o homenageado? Um escritor, um
médico, um cientista, um pensador de valor, um poeta, enfim, um Brasileiro que
tenha feito alguma contribuição de vulto ao nosso Povo? Não. Trata-se de um
simples e comum “skatista” que se notabiliza unicamente por ser filho da
assalariada global Cissa Guimarães.
Mas, então, por que o Túnel Acústico,
velho de quatro décadas, recebeu o nome de “Rafael Guimarães”? Em 2010, o Túnel
Acústico fora interditado, não respeitando a proibição um grupo de “skatistas”,
entre os quais o jovem Rafael Guimarães, resolveu usar o túnel como pista de
“skate”, apesar de haver áreas para a prática de tal esporte por toda a Cidade;
infelizmente, outro jovem, mostrando a mesma falta de respeito pela interdição
entra no Túnel Acústico, porém, motorizado e atropela com seu automóvel o pobre
jovem que morre poucas horas depois.
Todo o episódio, a burla à
interdição, o atropelamento, as campanhas pedindo justiça e punição, até a
homenagem ao jovem indigitado, é bastante revelador do estado moral da
sociedade brasileira.
O
fato é que, se os Pais de todos os jovens envolvidos tivessem dado menos
ouvido ao canto de sereia da ideologia do “politicamente correto” e mais à
Moral, a velha e boa Moral, ensinando o que é certo e o que é errado, então,
aqueles jovens não desobedeceriam à interdição e, portanto, um deles estaria
vivo e o outro não carregaria para o resto da vida a sina de assassino.
Imediatamente, após a tragédia,
começa-se a campanha: “justiça”, “até quando crimes no trânsito ficarão
impunes” e frases assemelhadas entupiram a imprensa falada, escrita e
televisionada, bem como, as redes sociais. Lamentavelmente, todos os dias
morrem pessoas vítimas da imprudência – imprudência de motoristas, ciclistas,
motociclistas e até mesmo pedestres, que teimam em não atravessar na faixa ou o
fazem com o sinal aberto para os carros, etc. -, e não se vê tamanha indignação
e tentativa de mobilização pública como no caso em questão. Por quê? Porque a
vítima é filha de uma assalariada da TV Globo, a sra. Cissa Guimarães. Então,
todos os artistas, jornalistas, políticos demagogos e outros espertos em busca
de notoriedade saíram em campo exigindo que se fizesse justiça. Ninguém lembrou
que a vítima, antes de tal, era transgressor, pois, o túnel estava interditado
para manutenção, e não apenas para os automóveis, aliás, “skates” não poderiam
trafegar no túnel mesmo que não estivesse fechado... Ninguém lembrou que os
colegas “skatistas” deveriam ser corréus, porque reforçaram no pobre Rafael o
desejo de violar a interdição, e que se ao invés de incentivar – e participar –
tivessem aconselhado ao Rafael que não deveria usar o túnel e sim procurar uma
pista de “skate” oficial, ele certamente estaria vivo, o que significa que não
apenas o motorista, mas, também os “amigos” do Rafael são responsáveis por sua
morte.
Todavia, vivemos numa época em que
todos fogem da própria responsabilidade. Assim, a assalariada da rede Globo,
artistas, jornalistas, os “amigos” do Rafael, incluindo os que estavam com ele
no túnel infringindo a interdição, enfim, todos os que participaram da campanha
pedindo “justiça”, só viram responsabilidade e
culpa no outro jovem, e querem o rigor da Lei para o mesmo. Fosse o
jovem Rafael Bussamra um morto de fome, já estaria atrás das grades, mas, não
é, e desde quase o momento do atropelamento, seu Pai, mostrando a própria
formação moral, tentou acobertar o crime subornando a autoridade policial mais próxima,
porém, para azar do Empresário, a vítima não era um zé ninguém, era filho de
uma assalariada da famigerada família Marinho, se fosse um trabalhador
atropelado, indo ou voltando do trabalho, seu filho ficaria tão impune quanto o
Thor Batista. O próprio atropelador chegou a defender-se dizendo que buzinou e
desacelerou e que o Rafael fez uma manobra brusca e inesperada, daí o
atropelamento, ou seja, a culpa é do defunto(!), quem mandou ficar no
caminho...
Então, no ápice da insensibilidade
moral da sociedade burguesa, com o beneplácito do pior Prefeito da História do Rio de Janeiro, o sr. Eduardo Paes, foi dado o nome de um infrator a um Túnel
da Cidade Maravilhosa, apenas porque teve a infelicidade de ser fatalmente
vitimado naquele local. Homenagem injusta e imerecida. Lastimo, como todo
mundo, a perda de uma vida preciosa, de um jovem com toda uma existência pela
frente, mas, o fato concreto e iniludível é que se ele não tivesse desobedecido
à interdição estaria vivo. Repito: Rafael Guimarães não merecia aquela
homenagem. Já pensaram se a moda pega? Se resolverem mudar os nomes de
logradouros todas as vezes que alguém for atropelado? Praças, ruas, avenidas,
viadutos, etc. estariam trocando de designação todos os dias. Mas, não se
preocupem, isto não acontecerá, pois a totalidade das vítimas de tais
fatalidades são pessoas comuns, sem prestígio, sem pais importantes, apenas
trabalhadores na labuta diária.
Enfim, só espero que a tristíssima adversidade
que atingiu a sra. Cissa Guimarães, - e com cuja dor me solidarizo, pois, sou
Pai -, repito, espero que a sra. Cissa Guimarães com tal perda se compenetre
que cada ser humano é único, singular, insubstituível e, portanto, pare de
fazer campanha pró-aborto.
Anauê!
Nenhum comentário:
Postar um comentário