Muitos Amigos e Companheiros têm reclamado que gostariam de conhecer minhas opiniões sobre os assuntos do dia-a-dia, sobre as matérias dos noticiários, etc. Sempre ignorei tais instâncias porque, em primeiro lugar, pouca importância dou ao que a imprensa burguesa veicula, e, segundo, não entendo a relevância da opinião pessoal de um indivíduo que nunca se notabilizou em coisa alguma e que é o famoso “ilustre desconhecido”. Mas, de uns tempos a esta parte, as solicitações estão se tornando mais constantes e algumas até raiando a impertinência, então, resolvi atender ao pedido. Todavia, posso adiantar que, para a decepção geral, minhas opiniões, via de regra, discordam da opinião dominante, são politicamente ultra incorretas e chocarão certamente a sensibilidade burguesa.

domingo, 11 de agosto de 2013

E o “Bom Combate”, onde foi parar?

Em Artigo anterior falei da J.M.J., e neste volto a tratar do mesmo tema, porém, abordando outro ângulo, muito mais grave.

Conversando com um dos expoentes do Laicato Católico, um nome conhecido nacionalmente, semanas antes do início das Jornadas Mundiais da Juventude, ele se manifestou apreensivo com a “instrumentalização” da J.M.J. Ingenuamente, julguei exagerada tal preocupação. No entanto, pelo que foi visto, ele estava coberto de razão e eu não poderia estar mais errado.

Seria longo e fastidioso relatar o que vimos e ouvimos, mas, para exemplificar como as forças anticristãs souberam “instrumentalizar” as Jornadas basta referir que o frade apóstata Leonardo Boff, com toda a pompa e circunstância, lançou Livro com sua visão herética sobre o novo Pontificado. Outro episódio ainda mais notório, a péssima cantora Fafá de Belém torturando os ouvidos Papais em “show” na Praia de Copacabana; e lembramos que na década de 90 ela já havia igualmente torturado João Paulo II no Maracanãzinho. Resta concluir que o “lobby” desta sra. junto a CNBB é forte, muito forte mesmo, afinal o que mais poderia explicar que uma ateia, comunista, pró-aborto, pró-eutanásia, pró-casamento “gay”, etc., fosse convocada para cantar para dois Papas num espaço de 20 anos? Será que ter tido um “romance” com o nada saudoso Senador Teotônio Vilela – que a terra lhe seja bem pesada -, e que era irmão de Dom Avelar Brandão Vilela, Primaz do Brasil, é uma credencial válida para os Bispos Brasileiros? Mas, deixemos esta podridão de lado e vejamos algo muito mais grave.

Como todos sabem trava-se hoje no Brasil um duro combate pela preservação da Vida desde o momento da Concepção. A luta pela legalização do aborto, desde que foi colocada na agenda do famigerado Diálogo Interamericano, e que a versão deste para o consumo dos idiotas úteis de esquerda, o mal denominado Foro de São Paulo, também o fez, repito, a luta pela legalização do aborto tornou-se uma constante nos meios de comunicação de massa, uma brutal lavagem cerebral que, pouco a pouco, vai vencendo a repugnância do Povo Brasileiro,  que é na sua maioria contra o assassinato de crianças ainda por nascer. Os que são contra o abortamento, dispondo de meios de comunicação de muito menos visibilidade, mesmo assim, estão conseguindo conscientizar a Opinião Pública Brasileira da monstruosidade que é o aborto. Ora, entre os que combatem este horripilante infanticídio estão os Católicos, no entanto, foram proibidas as manifestações Pró-Vida na J.M.J., ou seja, no momento que toda a chamada grande imprensa (falada, escrita e televisionada) cobria exaustivamente as Jornadas e, portanto, não poderiam deixar de exibir mensagens ou quaisquer manifestações Pró-Vida, houve tal proibição. Uma oportunidade única de atingir 200 milhões de Brasileiros  foi desperdiçada. Uma estupidez monumental!

Ao invés de sustentar desassombradamente a Vida, a Hierarquia Católica preferiu silenciar em troca do financiamento de grande parte das despesas com a J.M.J., e a visitação do Santo Padre ao Brasil.  Não por acaso tão logo o Papa Francisco retornou à Cidade Eterna foi aprovada a “profilaxia da gravidez”. Assim, os Bispos responsáveis conseguiram fundir num só episódio, a Matança dos Inocentes e as 30 Moedas de Judas Iscariotes.

No lugar de uma incisiva posição contra o aborto insistiu-se num discurso contra as drogas que, não deixando de ter importância, está longe de ter a relevância da Defesa da Vida desde a Concepção. Todo mundo falou contra as drogas, inclusive o Papa, que certamente o fez informado erroneamente de que as drogas eram o problema central dos Jovens no Brasil. Indiscutivelmente, as drogas são tremendamente prejudiciais, porém, jamais terão a ação devastadora do genocídio legalizado com a liberalização do aborto. A farsa antidroga foi até o ponto de levarem Sua Santidade a “inaugurar” um Hospital com mais de 250 anos de fundação, e que no seu atual endereço na Tijuca já ultrapassou a casa dos 100 anos de existência. Ora, que o Papa “que  veio de longe” não o soubesse é compreensível, mas, que o Arcebispo do Rio de Janeiro ousasse fazer com que o Sumo Pontífice participasse daquela pantomima é chocante! Mas, que esperar de um Cardeal que queria despachar o Papa Francisco para um lodaçal “bem longe”, lá em Guaratiba...

Capa do Livro sobre o Centenário (1977) do Hospital que o Papa Francisco "inaugurou"...

Enfim, a Igreja no Brasil mostra estar pouco sintonizada com os novos e arejados ventos que sopram de Buenos Aires, via Roma, de onde procede a orientação de que os jovens sejam revolucionários e contracorrente, enquanto a Hierarquia aqui no Brasil segue o “politicamente correto” e submete-se burguesamente as injunções do Poder, desde que uma fatia do bolo lhe seja atirada, exatamente como se atira um osso ao cão dócil que lambe as mãos do dono.

Felizmente, porque Deus é Brasileiro e o Papa é Argentino, com certeza veremos nos próximos meses muitas mudanças dentro da Igreja na Terra de Santa Cruz.


Anauê!

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