Em Artigo anterior falei da J.M.J., e
neste volto a tratar do mesmo tema, porém, abordando outro ângulo, muito mais
grave.
Conversando com um dos expoentes do
Laicato Católico, um nome conhecido nacionalmente, semanas antes do início das
Jornadas Mundiais da Juventude, ele se manifestou apreensivo com a
“instrumentalização” da J.M.J. Ingenuamente, julguei exagerada tal preocupação.
No entanto, pelo que foi visto, ele estava coberto de razão e eu não poderia
estar mais errado.
Seria longo e fastidioso relatar o
que vimos e ouvimos, mas, para exemplificar como as forças anticristãs souberam
“instrumentalizar” as Jornadas basta referir que o frade apóstata Leonardo
Boff, com toda a pompa e circunstância, lançou Livro com sua visão herética
sobre o novo Pontificado. Outro episódio ainda mais notório, a péssima cantora
Fafá de Belém torturando os ouvidos Papais em “show” na Praia de Copacabana; e
lembramos que na década de 90 ela já havia igualmente torturado João Paulo II no
Maracanãzinho. Resta concluir que o “lobby” desta sra. junto a CNBB é forte,
muito forte mesmo, afinal o que mais poderia explicar que uma ateia, comunista,
pró-aborto, pró-eutanásia, pró-casamento “gay”, etc., fosse convocada para
cantar para dois Papas num espaço de 20 anos? Será que ter tido um “romance”
com o nada saudoso Senador Teotônio Vilela – que a terra lhe seja bem pesada -,
e que era irmão de Dom Avelar Brandão Vilela, Primaz do Brasil, é uma
credencial válida para os Bispos Brasileiros? Mas, deixemos esta podridão de
lado e vejamos algo muito mais grave.
Como todos sabem trava-se hoje no
Brasil um duro combate pela preservação da Vida desde o momento da Concepção. A
luta pela legalização do aborto, desde que foi colocada na agenda do famigerado
Diálogo Interamericano, e que a versão deste para o consumo dos idiotas úteis
de esquerda, o mal denominado Foro de São Paulo, também o fez, repito, a luta
pela legalização do aborto tornou-se uma constante nos meios de comunicação de
massa, uma brutal lavagem cerebral que, pouco a pouco, vai vencendo a
repugnância do Povo Brasileiro, que é na
sua maioria contra o assassinato de crianças ainda por nascer. Os que são
contra o abortamento, dispondo de meios de comunicação de muito menos
visibilidade, mesmo assim, estão conseguindo conscientizar a Opinião Pública
Brasileira da monstruosidade que é o aborto. Ora, entre os que combatem este
horripilante infanticídio estão os Católicos, no entanto, foram proibidas as
manifestações Pró-Vida na J.M.J., ou seja, no momento que toda a chamada grande
imprensa (falada, escrita e televisionada) cobria exaustivamente as Jornadas e,
portanto, não poderiam deixar de exibir mensagens ou quaisquer manifestações
Pró-Vida, houve tal proibição. Uma oportunidade única de atingir 200 milhões de
Brasileiros foi desperdiçada. Uma
estupidez monumental!
Ao invés de sustentar
desassombradamente a Vida, a Hierarquia Católica preferiu silenciar em troca do
financiamento de grande parte das despesas com a J.M.J., e a visitação do Santo
Padre ao Brasil. Não por acaso tão logo o
Papa Francisco retornou à Cidade Eterna foi aprovada a “profilaxia da
gravidez”. Assim, os Bispos responsáveis conseguiram fundir num só episódio, a
Matança dos Inocentes e as 30 Moedas de Judas Iscariotes.
No lugar de uma incisiva posição
contra o aborto insistiu-se num discurso contra as drogas que, não deixando de
ter importância, está longe de ter a relevância da Defesa da Vida desde a
Concepção. Todo mundo falou contra as drogas, inclusive o Papa, que certamente
o fez informado erroneamente de que as drogas eram o problema central dos
Jovens no Brasil. Indiscutivelmente, as drogas são tremendamente prejudiciais,
porém, jamais terão a ação devastadora do genocídio legalizado com a
liberalização do aborto. A farsa antidroga foi até o ponto de levarem Sua Santidade
a “inaugurar” um Hospital com mais de 250 anos de fundação, e que no seu atual
endereço na Tijuca já ultrapassou a casa dos 100 anos de existência. Ora, que o
Papa “que veio de longe” não o soubesse
é compreensível, mas, que o Arcebispo do Rio de Janeiro ousasse fazer com que o
Sumo Pontífice participasse daquela pantomima é chocante! Mas, que esperar de
um Cardeal que queria despachar o Papa Francisco para um lodaçal “bem longe”,
lá em Guaratiba...
Capa do Livro sobre o Centenário (1977) do Hospital que o Papa Francisco "inaugurou"... |
Enfim, a Igreja no Brasil mostra
estar pouco sintonizada com os novos e arejados ventos que sopram de Buenos
Aires, via Roma, de onde procede a orientação de que os jovens sejam
revolucionários e contracorrente, enquanto a Hierarquia aqui no Brasil segue o
“politicamente correto” e submete-se burguesamente as injunções do Poder, desde
que uma fatia do bolo lhe seja atirada, exatamente como se atira um osso ao cão
dócil que lambe as mãos do dono.
Felizmente, porque Deus é Brasileiro
e o Papa é Argentino, com certeza veremos nos próximos meses muitas mudanças
dentro da Igreja na Terra de Santa Cruz.
Anauê!
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